Existem duas explicações muito citadas para a entrada da música no cinema: os espectadores se sentiam assustados com as imagens na tela, independente de ser um filme de terror ou não, os atores em cena eram quase como almas penadas para o público e música ajudava a deixar a experiência um pouco mais leve; os projetores eram muito barulhentos e a música amenizaria esse barulho.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
A música para cenas surge antes do próprio cinema, afinal as óperas, operetas e dramas musicados surgiram nos século XVII, mais ou menos duzentos anos antes dos irmãos Lumiere projetarem o seu "L'Arrivée d'un train en gare de La Ciotat” ( A Chegada do Trem Na Estação) que foi o primeiro registro de um filme na história. Era inevitável o uso da música como elemento para ajudar nas emoções das cenas no cinema.⠀⠀⠀⠀⠀
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Talvez, no cinema, as músicas tenham tido uma função utilitária num primeiro momento, mas logo a função artística “entra em cena”. Primeiro com pianistas tocando na sala de projeção junto com o filme, depois pequenos grupos, grandes orquestras. Um caminho quase natural, foi pegar peças de grandes compositores “clássicos” e interpreta-las de maneira a sincronizar com a imagem. Existia até um profissional nos estúdios de cinema que tinha a função de escolher a melhor partitura para determinada cena. Parece um pouco com os dias de hoje, onde você entra num site de música sem copyright e escolhe a que melhor atende seu filme, não⠀
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ O curioso é que hoje, a musica de cinema faz o caminho inverso. Sai das telas para ser consumida como álbum, ou playlist nas plataformas digitais. O número de ouvintes mensais de compositores como Hans Zimmer (Piratas do Caribe, Interstellar, O Rei Leão) ultrapassa a marca de 5 milhões. Quase Pop Star, né?!
Seja lá qual for o caminho da música do cinema, o fato é que com raríssimas excessões, esse trabalho agrega muito a obra dos diretores, além de gerar mais produto a partir do filme. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Quem diria, né?!
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